16 de jan. de 2013

Amour, je t'aime tant



Hoje me despeço de um dos homens mais corajosos que já conheci. Meu avô me ensinou a não ter medo dos opressores, a nunca deixar de lutar pelo que é justo e sempre amar as pessoas e a vida.
Foi uma das pessoas que mais me inspirou a ser quem sou hoje, com seu imenso bom humor, sua inteligência aguçada e seu gosto pelo Flamengo e por samba.
Nascido em 2 de março de 1929, lutou contra a ditadura civil-militar e, depois, para que seus crimes jamais fossem esquecidos ou perdoados, lutou para que a história dos povos da América Latina fosse contada sem farsas e, nas últimas semanas, lutou com a Morte. Dessa vez, ela venceu e tirou de nós um grande professor, um historiador meticuloso, meu avô.
É como se todas as forças tivessem sido arrancadas de mim e tudo o que consigo fazer é escrever, chorar e escutar jazz. A vida segue e eu sei que terei de seguir "apesar de", como sempre. Só não agora.

Até o infinito, Companheiro Aquino.

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